Azaração Midiática – parte 01
Há doze anos estive com a Cri em
Cuba para a apresentação de um trabalho acadêmico em um congresso latino-americano.
Chegamos a Havana às 22hs. Pela janela do avião observava uma cidade de, no
máximo quinhentos mil habitantes quando na realidade havia 2,2 milhões.
Ao chegarmos, um bando de ‘brasileños’
bateram palmas quando o avião da Copa (panamenha) aterrou. Loirassas e suas
caras-metades, com destino a Varadero.
Chegamos e fomos direto para um
hotel na cidade para pernoitar e sairmos na manhã seguinte, com destino a Santiago
de Cuba.
Antes da viagem procurei controlar mina apreensão como
sempre faço em uma viagem internacional. No caso era muito mais que uma viagem
internacional. O destino era um país com um regime político e econômico totalmente
distinto de qualquer outro pais.
Acrescento, para bem informar, que não era um desconhecedor
da história recente de Cuba. Já havia lido alguns livros, os quais estavam bem
longe do ‘a ilha’ do Fernando Morais. Ainda assim, ao chegar, minha impressão
era de estarmos numa cidade minúscula e porto de piratas ingleses, bebedores de
rum e usurpadores de mulheres.
O aeroporto era opressivo por conta de muitos militares
realizando revistas. Soube depois que havia uma forte onda de tráfico de drogas
para a ilha, uma vez que haviam muitos turistas estrangeiros que eram usuários
e a droga era parte do cardápio dos resorts.
Pegamos um taxi e a cidade se desvendou nas sombras da
noite. De fato era uma escuridão de dar medo. Nos muros, pichações com os
termos, ‘a revolução é viva’, ‘viva Cuba, ‘viva a revolução’, ‘a revolução
somos nós’, e por aí vai. Acrescente copias da famosas foto de Che.. De fato
cheguei em Cuba. Chegei no único regime comunista do planeta.