Amigos
Um belo dia paulistano com um sol
com céu de brigadeiro’; assim dizia meu pai. Bem, pelo menos até agora onde uma
chuva prazenteira banha Sampa.
Caminhando com meu amor pela
paulista, encontrei vários amigos os quais já havia combinado um encontro para
um café na Cultura. Prof. Dr. Nemi Tala um home extraordinário. Físico experimental,
o qual teve o prazer de conhecê-lo nos idos de 1988, ao lado do com o prof. Dr Sala
um dos ícones da física mundial. Pessoas extraordinárias e simples dadas à
proeminência que possuem entre seus pares dessa especialidade da Física.
Embora, em 1988, tenha começado a
projetar o LINAC (acelerador de partículas) sob orientação do Sala, terminei o
projeto com a supervisão do Neme.
Este último se transformou num
verdadeiro irmão de armas a começar pelo fato de ser corinthiano. O Neme acabou
por se transformar num grande amigo nestes 25 anos de USP. Foi com ele e a
Marta (sua esposa) que eu e a Cris tivemos o grande prazer de compartilhar um cafezinho
na livraria do c. nacional.
No Le Vin, conclusão da nossa peregrinação
de sábado, encontrei com outra figurinha rara (não tão rara assim) que a tende
pelo nome de Nei Caldato;irmão de outro grande amigo dos velhos tempos da
FAU-SANTOS; prof. Dr. Gino Caldato.
O irreconhecível, Nei, arquiteto
e também prof. da FAU-SANTOS, coberto sob madeixas brancas, é um arquiteto e
historiador de mão cheia. Infelizmente nossa amizade, assim como o Gino,
empalideceu após nossas formaturas. Talvez por minha culpa por não ter regado suficientemente
esta flor de amizade como devia. Lamento muito esta distância, na medida em que
éramos muito próximos: Gino, Cesar e eu. Lamento profundamente.
Entretanto este reencontro trouxe
uma perspectiva de ressuscitar esta velha amizade. Aliás, como tenho tentado
com outros diversos colegas da FAUS. Alguns eu tive sucesso (Carmelo, Jacaré,
Olegário, Zé Costa, Edson Sampaio – padre, Sandra – esposa do Edson, Rita
Grimm) e com outros, nem tanto.
Hoje, aqueles que souberam
envelhecer com dignidade, podem tirar um proveito enorme de um bate papo alegre
com os velhos amigos que, certamente, não são mais aqueles com os quais vivemos
todos os dias no Campus para rir, namorar, chorar, beber, dançar.....e por aí
vai. E hoje! Como somos hoje?...Quem
quer saber?
Certamente melhores! Assim sendo,
que bom seria nos vermos, confortavelmente sentados numa poltrona, para um café.
Bem assim é a vida....algumas
amizades ficam pelo caminho, outras se mantém e outras aparecem do nada.
Há aqueles que não souberam
envelhecer ou não perceberam o tempo. Pretendem um embate com esse Senhor que
não respeita quem não o respeita.
Querem ser jovens, embora velhos.
Deles eu faço questão de não reencontrá-los ou mesmo peço que não aceitem meu
convite para bebermos um cafezinho. Ficaria muito deprimido.
Erro meu, talvez. Afinal sou
humano e seletivo.
Para todos os que ficaram,
surgiram ou se mantém como amigos eu dedico esta ilustração a qual resolvi
chamá-la de ‘amigos’.
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